Os cardioversores desfibriladores implantados (CDI) melhoram a sobrevivência das pessoas em risco de arritmias graves, como a taquicardia ou a fibrilação ventricular, e de morte súbita. Estes dipositivos também podem funcionar como pace-makers e, nalguns deles, estes podem ser biventriculares ajudando a coordenar a actividade ventricular esquerda e direita melhorando a função cardíaca e os sintomas em doentes com dessincronia ventricular. Nos doentes com doenças crónicas avançadas, sobretudo nos últimos dias ou horas de vida, em que naturalmente há circunstâncias que predispõem para arritmias, como hipoxia, sépsis, insuficiência cardíaca e alterações electrolíticas, que podem desencadear choques do desfibrilador, por vezes repetidamente, que podem ser dolorosos e psicologicamente perturbadores, prejudicando a tranquilidade desejável desses últimos momentos, sem que daí advenha qualquer benefício, nomeadamente no sentido de prolongar a vida com qualidade aceitável. É, assim, apropriado considerar, nestas circunstâncias, a desactivação do CDI.
Clique aqui para abrir o documento12-11-2024
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